segunda-feira, 1 de junho de 2020

O Glamour de Wall Street-Entre a prosperidade e o exagero do Dinheiro

Uma das maiores marcas que o capitalismo internacional produziu no imaginário popular sem dúvida tem a ver com um nome bem conhecido:Wall Street em Nova Iorque,o centro financeiro dos EUA e por extensão do mundo onde são negociadas as empresas mais prósperas e influentes do mundo como Microsoft, Apple, Space X e etc.




   Assim permanece na mente das pessoas uma ideia de prosperidade ligada ao capitalismo e um glamour inconsciente gerado pelas especulações financeiras e as grandes quantidades de dinheiro que circulam pela bolsa de valores localizada nela.

Wall Street,a ''Rua do muro'' e coração financeiro do mundo

    Wall Street é a rua do muro(em tradução livre) batizada com esse nome devido às circunstâncias históricas que a cercam.No início da colonização da ilha de Manhattan em Nova Iorque colonos holandeses ergueram um muro para impedir o ataque de índios e ingleses às suas posses.Porém mesmo com o muro os ingleses conseguiram superar as forças holandesas e ocuparam a área.

    Depois da posse do local uma rua foi construída em volta do que restou do muro holandês batizando-a.A questão é que no inicio Wall Street era uma uma rua como outra qualquer na colônia sem nenhum tipo de importância econômica.A Revolução Industrial americana mudou tudo!

O Empire State Buiding,símbolo de Nova Iorque e do capital gerado pela cidade

Leia mais sobre o Empire State de Nova Iorque em uma postagem recente do blog clicando aqui.

   Wall Street se tornou aos poucos uma referência de local onde grandes volumes de dinheiro são negociados.Com a prosperidade econômica americana em fins do século XIX a cidade de Nova Iorque se tornou uma próspera e rica metrópole do Novo Mundo em moldes europeus.A quebra da bolsa de valores em 1929 mostraria ao mundo a dependência econômica que ele tinha para com essa grande metrópole e em especial à Wall Street.

Leia mais sobre a quebra da bolsa de 1929 numa postagem já publicada aqui no blog,clique aqui para ler.

   Em termos práticos todas as grandes marcas tem valores negociados diariamente na bolsa de valores com investidores fazendo grandes lances em seus pregões.Até mesmo as marcas mais influentes do mundo tiveram seus momentos de vacas magras em seu início.Hoje com seus faturamentos bilionários,investidores engravatados passeiam pelo coração do centro da cidade desfilando com carros que custam milhões para seus iates e aviões particulares.


  Uma realidade similar à essa já foi romanceada em livros e filmes como o Lobo de Wall Street com Leonardo DiCaprio no papel principal do megainvestidor Jordan Belfort que vive uma vida de luxo e exageros gerados pelos lucros de seus negócios na bolsa.Uma realidade que muitos investidores de fato vivenciam: na trama adaptada do filme Jordan ainda como pequeno investidor de ações de baixo valor demonstra seu cinismo em vendê-las para pessoas que não terão lucro ao comprá-las e assim enriquece até multiplicar seu patrimônio.

  Suas memórias contam os bastidores de grandes corretoras e da própria Wall Street mais preocupada em fazer fortunas milionárias e bilionárias independente dos prejuízos causados a terceiros no processo como dívidas e falências.Atividades como consumo de drogas,prostituição de luxo e consumismo ostensivo prevalecem sobre valores como ética e empatia.Grandes festas promovidas em hotéis de luxo da cidade regadas a grandes quantidades de bebida alcoólicas e drogas seduzem jovens investidores ávidos por fazer dinheiro fácil.

   De fato houve um processo de glamourização da bolsa de valores nova-iorquina,ou seja,uma ideia de que a fortuna pode ser criada de modo simples e fácil desde que com muita ambição e um certo cinismo em convencer outras pessoas a comprar aquilo que não servem para elas.Há uma certa tendência social em considerar o lucro como uma fase importante do processo de capitalização da riqueza e status financeiro que emoldura as pessoas de acordo com sua conta bancária.



  O sociólogo alemão Erich Fromm em sua obra Psicanálise da Sociedade Contemporânea também considera o consumismo um vício que corrompe as relações humanas em sua plenitude já que as mantem ''presas'' ao status que o dinheiro induz.Wall Street no caso desempenha uma referência romanceada e idealizada que o capital financeiro formou ao longo do século XX.


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