domingo, 20 de maio de 2018

O Brasil na Antártida,sabia que temos uma base no continente gelado?

   Em 1984,o Brasil inaugurou uma nova era na pesquisa cientifica nacional.Uma estação de pesquisa,chamada de estação Comandante Ferraz, acabava de ser inaugurada em pleno continente antártico como parte do Programa Antártico Brasileiro,o PROANTAR,criado em 1982 mediante a iniciativa de um militar que batizou a estação com seu nome.Um Acordo internacional também previa a ocupação do continente pelos países signatários,do qual o Brasil faz parte. No Brasil poucos sabem dos projetos científicos desenvolvidos pela Marinha no continente antártico que detêm recordes climáticos de baixa temperatura e tempestades com mais de 150 km/h. São pesquisas na área da biologia,química, geologia,física e meteorologia que inclusive tem ajudado na compreensão dos impactos do aquecimento global na camada de ozônio,que são mais perceptíveis na Antártida além de pesquisas com mamíferos marinhos,algas e diversas outras.


Estação Comandante Ferraz em 2011

   Várias instituições de ensino do Brasil como a USP e agências de fomento à ciência mantêm pesquisadores trabalhando em conjunto com a Marinha.E o investimento no programa por parte do governo federal permite diversas pesquisas apesar da redução das verbas nos últimos anos.Descobertas no ramo da geologia figuravam como aluns dos sucessos alcançados em seus mais de 30 anos de funcionamento como na  história climática antártica e a expansão do seu manto de gelo.


A tragédia do incêndio em 2012 e reconstrução
   Em fevereiro de 2012,um incêndio que começou na praça de máquinas destruiu cerca de 70% da estação matando 2 técnicos da Marinha do Brasil e prejudicando as pesquisas que estavam em curso em laboratórios da estação ocasionando a transferência imediata da equipe para ma ase chilena como medida de segurança.De acordo com as investigações: o incêndio começou devido ao transbordamento de combustível no abastecimento do tanque de serviço da estação.Um técnico responsável pelo acompanhamento desta operação foi acusado de negligência e condenado a 2 anos de prisão sem regime aberto,por não estar presente no momento em que o abastecimento era feito como regulamentado.

  O governo brasileiro diante do panorama caótico do incêndio e dos prejuízos humanos e materiais causados calculados em quase R$ 25 milhões, planejou uma reconstrução total da estação de acordo com as mais novas técnicas de engenharia para comportar dezenas de pessoas e equipamento de ponta em segurança durante os longos invernos antárticos e as condições extremas do clima na região.Após diversos procedimentos de licitação,uma empresa chinesa foi a escolhida para sua reconstrução que estará pronta até 2019.

A estação durante o incêndio
   A estação do Brasil na Antártida continua mantendo suas pesquisas em atividade que mesmo após o trágico incêndio permanece funcionando com módulos temporários até a conclusão final da estação e assim também firma sua presença no continente para quicá mais descobertas futuras.

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