Contexto e Crimes
Os crimes aconteceram no país que na época era o mais próspero e avançado do mundo,a Inglaterra entre agosto e novembro de 1888,uma contradição irônica para a moral vitoriana.Num distrito frequentado pela classe mais pobre da cidade de Londres assolado pela miséria,crime e insalubridade chamado de Whitechapel.Todas as vítimas de Jack Estripador,como ele próprio se auto-declarou,foram prostitutas que frequentavam o lugar.
O fato de Jack ser um dos clientes dessas mulheres foi levantado à época pela polícia,mas essa hipótese nunca foi confirmada.Há também um detalhe que muitos historiadores chamam à atenção,pois de acordo com os jornais as vítimas de Jack,seriam somente 5 mulheres,conhecidas como as 5 canônicas, enquanto as investigações policias atribuiriam 11 crimes ao assassino até o desfecho do caso em 1891.
A maior parte delas foi morta com cortes no pescoço e punhaladas na região do abdômen seguidas de remoção de um ou mais órgãos o que se tornou uma marca registrada do estripador.
O fato de Jack ser um dos clientes dessas mulheres foi levantado à época pela polícia,mas essa hipótese nunca foi confirmada.Há também um detalhe que muitos historiadores chamam à atenção,pois de acordo com os jornais as vítimas de Jack,seriam somente 5 mulheres,conhecidas como as 5 canônicas, enquanto as investigações policias atribuiriam 11 crimes ao assassino até o desfecho do caso em 1891.
A maior parte delas foi morta com cortes no pescoço e punhaladas na região do abdômen seguidas de remoção de um ou mais órgãos o que se tornou uma marca registrada do estripador.
Sua primeira vítima reconhecida foi Mary Ann Nichols em 31 de agosto de 1888 encontrada morta com a garganta cortada e sinais de perfuração e dilaceração com arma branca. Sua segunda vítima foi Annie Chapman em 8 de setembro,conhecida na ruas como Dark Annie(algo como 'Annie Sombria' em tradução livre) também encontrada com a garganta cortada e perfurações na região do abdômen em um beco escuro da região de Withechapel,morta próxima de um cortiço.
O evento seguinte fez suscitar muitas especulações sobre o modus operandi do assassino,ou seja seu modo de agir nos crimes, já que Elisabeth Stride e Catherine Eddowes foram mortas na mesma noite,30 de setembro,com uma diferença muito pequena de 45 minutos de um crime para o outro.Stride foi morta igual às outras com o corte na garganta porém tudo indica que o assassino foi interrompido no ato pois não havia outras marcas no corpo como haviam nas outras vítimas.Já com Eddowes o perfil cruel mais uma vez prevaleceu,mutilando seu rosto e perfurando seu abdômen até extrair vários órgãos .
Cumpre ressaltar que a crueldade e o sadismo do estripador aumentava progressivamente com o número de vítimas o que hoje ainda é estudado por cientistas forenses na elaboração de perfis criminais.Sua última vítima conhecida foi Mary Ann Kelly, morta em 9 de novembro de 1888,cujo corpo foi descoberto pela manhã no quarto em que vivia.
Esse crime foi diferente dos demais pois havia sido cometido dentro de um ambiente fechado,onde a vítima foi surpreendida durante o sono e supõe que o estripador a conhecia e/ou teria seguido, esperando-a dormir para poder agir.O estado brutal em que foi encontrada também foi o auge do sadismo do assassino que ao dilacerá-la e estripá-la,levou seu coração como uma lembrança macabra do seu crime.
O evento seguinte fez suscitar muitas especulações sobre o modus operandi do assassino,ou seja seu modo de agir nos crimes, já que Elisabeth Stride e Catherine Eddowes foram mortas na mesma noite,30 de setembro,com uma diferença muito pequena de 45 minutos de um crime para o outro.Stride foi morta igual às outras com o corte na garganta porém tudo indica que o assassino foi interrompido no ato pois não havia outras marcas no corpo como haviam nas outras vítimas.Já com Eddowes o perfil cruel mais uma vez prevaleceu,mutilando seu rosto e perfurando seu abdômen até extrair vários órgãos .
Cumpre ressaltar que a crueldade e o sadismo do estripador aumentava progressivamente com o número de vítimas o que hoje ainda é estudado por cientistas forenses na elaboração de perfis criminais.Sua última vítima conhecida foi Mary Ann Kelly, morta em 9 de novembro de 1888,cujo corpo foi descoberto pela manhã no quarto em que vivia.
Esse crime foi diferente dos demais pois havia sido cometido dentro de um ambiente fechado,onde a vítima foi surpreendida durante o sono e supõe que o estripador a conhecia e/ou teria seguido, esperando-a dormir para poder agir.O estado brutal em que foi encontrada também foi o auge do sadismo do assassino que ao dilacerá-la e estripá-la,levou seu coração como uma lembrança macabra do seu crime.
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| O 'Fantasma' de Jack Estripador assombrando a cidade em caricatura de Jornal à época dos crimes |
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| Mary Ann Nichols,a 1ª vítima conhecida, em foto mortuária |
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| O pânico gerado pelos crimes fazia qualquer pessoa,uma suspeita (Caricatura de John Tenniel na época) |
Investigação e Teorias Conspiratórias sobre Jack
O detetive encarregado da investigação foi Frederick Abberline,que também já havia trabalhado em outro importante caso da época,porém pouco conhecido,chamado de O Escândalo da Rua Cleveland onde um bordel de rapazes frequentado por nobres da alta sociedade londrina havia sido descoberto.
A lista de suspeitos foi preenchida com nomes de pessoas do povo tanto quanto nobres e famosos,até mesmo o autor de Alice no País das Maravilhas,Lewis Carrol foi apontado como o assassino.O príncipe Albert Victor,neto da própria rainha da Inglaterra ,Vitória,segundo na sucessão do trono figurou nessa lista,o principal motivo dos crimes seria uma tentativa de esconder problemas na monarquia,o que jamais foi confirmado por historiadores.
Até mesmo uma mulher foi acusada dos crimes.No entanto,rumores de que seria um homem judeu se espalhavam pela cidade aproveitando-se da onda de horror que o assassino causava.Um dos aspectos relevantes do contexto da época era o antissemitismo muito disseminado na sociedade inglesa inclusive na literatura,autores como Charles Dickens em sua obra prima Oliver Twist, foi acusado de antissemitismo devido aos personagens judeus na figura de vilões com perfis decadentes e escatológicos.Some-se a isso o fato de que o próprio assassino escreveu em uma parede após matar uma das suas vítimas que 'os judeus não levarão a culpa por nada',um pedaço de avental de couro também foi encontrado,já que a profissão de açougueiros era comum entre judeus.
Um açougueiro judeu de origem sueca ,na época,foi um suspeito interrogado pelos crimes mas inocentado por conta de um álibi convincente.
O assassino saber ler e escrever numa época onde a ignorância e a miséria sobrepujavam o bom senso foi digno de atenção dos detetives do caso,pois demonstrava que um homem culto e rico,já que a alfabetização não era comum entre os mais pobres, era o autor dos crimes.
Isso demonstrava também o preconceito que a população de origem pobre sofria ao ser associada ao crime e a decadência moral da era vitoriana.O distrito de Whitechapel era um dos mais violentos da cidade na época e mortes de prostitutas não eram incomuns.Porém o diferencial no caso de Jack foi a cobertura tendenciosa e oportunista de explorar com extremo sensacionalismo os crimes do estripador inclusive com alguns jornalistas falsificando cartas assinadas pelo assassino que eram recebidas em suas redações no intuito de acirrar os ânimos da população com a publicação detalhada das mortes para assim vender mais jornais.
A lista de suspeitos foi preenchida com nomes de pessoas do povo tanto quanto nobres e famosos,até mesmo o autor de Alice no País das Maravilhas,Lewis Carrol foi apontado como o assassino.O príncipe Albert Victor,neto da própria rainha da Inglaterra ,Vitória,segundo na sucessão do trono figurou nessa lista,o principal motivo dos crimes seria uma tentativa de esconder problemas na monarquia,o que jamais foi confirmado por historiadores.
Até mesmo uma mulher foi acusada dos crimes.No entanto,rumores de que seria um homem judeu se espalhavam pela cidade aproveitando-se da onda de horror que o assassino causava.Um dos aspectos relevantes do contexto da época era o antissemitismo muito disseminado na sociedade inglesa inclusive na literatura,autores como Charles Dickens em sua obra prima Oliver Twist, foi acusado de antissemitismo devido aos personagens judeus na figura de vilões com perfis decadentes e escatológicos.Some-se a isso o fato de que o próprio assassino escreveu em uma parede após matar uma das suas vítimas que 'os judeus não levarão a culpa por nada',um pedaço de avental de couro também foi encontrado,já que a profissão de açougueiros era comum entre judeus.
Um açougueiro judeu de origem sueca ,na época,foi um suspeito interrogado pelos crimes mas inocentado por conta de um álibi convincente.
O assassino saber ler e escrever numa época onde a ignorância e a miséria sobrepujavam o bom senso foi digno de atenção dos detetives do caso,pois demonstrava que um homem culto e rico,já que a alfabetização não era comum entre os mais pobres, era o autor dos crimes.
Isso demonstrava também o preconceito que a população de origem pobre sofria ao ser associada ao crime e a decadência moral da era vitoriana.O distrito de Whitechapel era um dos mais violentos da cidade na época e mortes de prostitutas não eram incomuns.Porém o diferencial no caso de Jack foi a cobertura tendenciosa e oportunista de explorar com extremo sensacionalismo os crimes do estripador inclusive com alguns jornalistas falsificando cartas assinadas pelo assassino que eram recebidas em suas redações no intuito de acirrar os ânimos da população com a publicação detalhada das mortes para assim vender mais jornais.
Um Mistério solucionado?
Segundo a historiadora americana Patricia Cornwell em seu livro Perfil de um Assassino,Jack Estripador seria Walter Sickert um pintor alemão radicado em Londres.No livro a autora argumenta que haviam indícios convincentes para acreditar na culpa do pintor já que a caligrafia de uma das cartas recebidas pela imprensa era semelhante a dele assim como um quadro pintado por ele na época descrevendo um assassinato de uma mulher condizia com o perfil do estripador que também só escolhia mulheres como suas vítimas.
A maioria das cartas assinadas pelo estripador recebidas em jornais eram falsas e/ou de pessoas se aproveitando da situação para fazer brincadeiras de mau gosto no entanto entre essas correspondências,uma se ressalta: a que ficou conhecida como From Hell('Do Inferno' em tradução livre).
Um pedaço de rim que supostamente era de uma das vítimas também foi enviado para os jornais conservado em álcool,a carta relatava que o missivista havia fritado e comido o outro pedaço se satisfazendo.Ao longo dos anos muitas teorias continuaram a surgir sobre a identidade do assassino,recentemente foi publicado um livro chamado de Identificando Jack Estripador do autor britânico Russell Edwards,onde enfim o mistério havia sido solucionado.
Um imigrante polonês de nome Aaron Kosminsk,com histórico de doença mental,teria sido Jack.Essa acusação recai sobre o fato de que uma análise de DNA feita em um xale pertencente à Catherine Eddowes ligava Kosminsk à cena do crime, sendo ele um suspeito na época.Contradições à parte em mais uma reviravolta do caso,foi revelado um erro na análise do xale que invalidou a identificação positiva de Kosminsk. mantendo o enigma da identidade verdadeira do assassino.
Em cerca de 130 anos,Jack Estripador continua assombrando e impressionando todos aqueles que descobrem sobre seus crimes,o que ajudou a construir a imagem do psicopata moderno, num mistério sem solução.
A maioria das cartas assinadas pelo estripador recebidas em jornais eram falsas e/ou de pessoas se aproveitando da situação para fazer brincadeiras de mau gosto no entanto entre essas correspondências,uma se ressalta: a que ficou conhecida como From Hell('Do Inferno' em tradução livre).
Um pedaço de rim que supostamente era de uma das vítimas também foi enviado para os jornais conservado em álcool,a carta relatava que o missivista havia fritado e comido o outro pedaço se satisfazendo.Ao longo dos anos muitas teorias continuaram a surgir sobre a identidade do assassino,recentemente foi publicado um livro chamado de Identificando Jack Estripador do autor britânico Russell Edwards,onde enfim o mistério havia sido solucionado.
Um imigrante polonês de nome Aaron Kosminsk,com histórico de doença mental,teria sido Jack.Essa acusação recai sobre o fato de que uma análise de DNA feita em um xale pertencente à Catherine Eddowes ligava Kosminsk à cena do crime, sendo ele um suspeito na época.Contradições à parte em mais uma reviravolta do caso,foi revelado um erro na análise do xale que invalidou a identificação positiva de Kosminsk. mantendo o enigma da identidade verdadeira do assassino.
Em cerca de 130 anos,Jack Estripador continua assombrando e impressionando todos aqueles que descobrem sobre seus crimes,o que ajudou a construir a imagem do psicopata moderno, num mistério sem solução.
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