domingo, 15 de abril de 2018

O problema do Lixo Espacial

    Desde o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945,as tecnologias militares que foram altamente aperfeiçoadas durante o conflito têm sido empregadas com motivos científicos para alcançar o antigo sonho humano de chegar ao espaço sideral. As tecnologias nazistas de foguetes aprimoradas de pioneiros russos no início do século XX atingiram seu auge quando o mundo entrou na Guerra Fria,a disputa política-ideológica entre EUA e a antiga URSS.Já que cada um deles pretendia ter uma tecnologia mais avançada e insuperável que do outro gerando uma frenética corrida nuclear,armamentista e espacial.A conquista do espaço por sondas,satélites e módulos estava apenas começando naquele final da década de 1940 com os testes produzidos em laboratórios americanos e soviéticos.

Corrida espacial e os detritos

   Já em 1957 os soviéticos enviam o primeiro ser vivo ao espaço,a simpática cadela Laika,morta durante a viagem para a órbita da Terra.Esse feito serviu para demonstrar o avanço técnico soviético em desenvolver equipamentos capazes de colocar materiais e seres vivos em órbita na Terra. Logo se seguiu,o uso mais difundido da tecnologia de lançamento de foguetes entre as superpotências transportando satélites espiões e militares.As sondas espaciais vieram junto chegando à Lua e em outros planetas como foi o caso das sondas soviéticas Venera em Vênus e as americanas Viking em Marte.A Lua foi uma das maiores beneficiadas com os programas espaciais pois foi mapeada com precisão tendo sua geografia totalmente registrada incluindo o seu misterioso lado oculto que tanto despertou a imaginação de escritores de ficção científica no passado.

   No entanto, todo esse avanço científico também gerou detritos que estão em outros planetas ou mesmo vagando pelo espaço sideral sem destino além de satélites desativados que pairam na órbita terrestre e que muitas vezes reentram na atmosfera causando acidentes e que podem também colidir com outros satélites e módulos espaciais. De acordo com fontes oficiais como a NASA,a agência espacial americana, há milhares de satélites e milhões de detritos espaciais girando em torno da terra neste momento com menos que 1 centímetro mas que no vácuo espacial adquirem velocidades supersônicas capazes de perfurar as chapas de alumínio e cerâmica especial usadas pelas agências espaciais.Foram feitos testes em laboratório onde detritos do tamanho de grãos de areia acelerados até mais de 20 mil km/h,a velocidade que tem no espaço, adquiriam o desempenho balístico de escopetas calibre 12 suficientes para destruir equipamento e colocar em risco a vida de astronautas durante suas missões.
   
   Mais numerosos serão esses fragmentos por menores que forem, já que a integridade física dos materiais usados na fuselagem e estrutura de naves e equipamentos espaciais é debilitada com as condições extremas do espaço sideral como a radiação solar e as forças g durante o lançamento,revolução e reentrada desses objetos além de meteoritos e outros detritos espaciais humanos que causarão os mesmos problemas que os lixos sólidos tem na superfície terrestre se não forem controlados.


Representação artística da poluição espacial na órbita da terra,são milhões de fragmentos de acordo com a NASA

Esfera metálica de equipamento espacial é examinada por morador de cidade maranhense no Brasil,após sua queda


  É importante ressaltar que apesar das viagens espaciais serem caras e de propósitos científicos tendo um acesso muito restrito,pelo menos por enquanto tendo em vista o aumento das intenções no turismo espacial, elas servem como um orgulho do avanço científico que o ser humano alcançou no último século,que foi reconhecidamente um dos maiores de toda a humanidade.A ciência continuará se desenvolvendo mas demonstra também que entramos numa era de poluição espacial lançando detritos em seu meio e que causam problemas como os que acontecem na Terra.

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