Eram os Deuses Astronautas?Desvendando e discutindo essa Polêmica teoria

  Um dos mitos mais difundidos nos meios esotéricos e ufológicos mundiais tem sido sobre os chamados deuses astronautas.Supostos extraterrestres que conheceram as civilizações do passado humano como os egípcios,mesopotâmicos e até os imaginários atlantes,transmitindo-lhes segredos de engenharia e tecnologia avançada,mas o que está por trás de uma teoria como essa?A presente postagem de hoje vai abordar e desvendar em detalhes a origem e consequências além de uma análise histórica e cultural desse assunto.Sejam bem-vindos(as).

Como surgiu a ideia de 'Deuses Astronautas'?

    Essa história começa com a publicação do livro Eram os Deuses Astronautas em 1968,do hoteleiro e aventureiro suíço Erich Von Daniken, que após longas viagens pelo mundo conhecendo ruínas e monumentos antigos teria descoberto sinais de que civilizações avançadas do espaço sideral ajudaram a construí-los,já que segundo ele esses seres humanos do passado não teriam capacidade criativa para fazê-los sozinhos.Essa é a proposta defendida em todos os seus livros e comum nos meios ufológicos.Uma de suas hipóteses é que as pirâmides egípcias no platô de Gizé,na capital Cairo,devido a sua complexa estrutura de blocos de pedra empilhados um sobre os outros só poderiam ter sido construídas com a ajuda de equipamento anti-gravitacional que levitaria os blocos até seu encaixe final na pirâmide como um grande jogo de lego e continua ao afirmar que elas não seriam túmulos(como já confirmado pelos próprios hieróglifos egípcios e a arqueologia) e sim,fontes de energia que se irradiariam para o espaço com um sentido ainda inexplicado.

   Também afirma que num livro apócrifo da Bíblia ,o livro de Enoque,haveria uma descrição alegórica e estilizada de um pouso de uma nave espacial no passado remoto,na qual viajando à velocidade da luz e respeitando a lei da relatividade ainda hoje estaria se movimentando no espaço profundo tendo a bordo personagens do antigo testamento como Moisés ainda vivo(sic!).As afirmações e supostos sinais da presença extraterrestre que Daniken reconhece ao redor do mundo,enche dezenas dos seus livros publicados ao longo das décadas após o relativo sucesso inicial de Eram os Deuses Astronautas.Daniken com essas e outras estranhas afirmações conseguiu uma certa fama nos meios pseudo-científicos e esotéricos de sua época se mantendo ainda hoje como um dos maiores expoentes da ufologia apesar das contantes contradições que acumula.

     No entanto aqui é importante ressaltar que o contexto sócio-político de publicação do livro.O movimento hippie conquistava cada vez mais espaço na sociedade globalizada sobretudo com as ideias de rebeldia com causa desconstruindo antigos esteriótipos sociais(anti-racismo,feminismo por exemplo)e luta contra a Guerra do Vietnã com a ideia da chamada Era de Aquário que valorizava o lado oculto da vida,da natureza e do ser humano recorrendo muitas vezes ao consumo de materiais psicotrópicos como a maconha ou o LSD para atingir estados alterados de consciência e comunicação mediúnica e/ou divina muito comum entre os adeptos da doutrina hippie que inclusive foi também denominada de 'contracultural' já que o consumo de drogas e o sexo livre iam contra todos os valores sociais até então no Ocidente.

O famoso monumento megalítico de Stonehenge no Sul da Inglaterra já nessa época era frequentado por praticantes hippies adeptos da vida alternativa e esotérica que manifestavam interesse em ideias de extraterrestres visitando a Terra que ainda hoje dão fama ao monumento.Os primeiros desenhos modernos em plantações,conhecidos como crop circles e que seriam mensagens extraterrestres,foram curiosa e oportunamente vistos próximos desse monumento.É nesse clima de efervescência cultural e contestação de valores sociais e apego a modos de vida alternativos que Daniken deve uma considerável parte de sua fama e fortuna junto com adeptos de sua ideia fazendo-a, no mínimo, sobreviver até o século XXI como uma estranha curiosidade enquanto:ele um hábil vendedor de mistérios que publicou o livro 'certo' na hora certa.

Erich Von Daniken

Pirâmide do faraó Quefrén ao fundo,Daniken nega que fossem túmulos construídos pelos antigos egípcios

 O Veredicto da ciência..

    Por questões óbvias,Daniken e sua estranha teoria não contam com nenhum respaldo na comunidade acadêmica já que carece de qualquer rigor metodológico-científico em suas afirmações e na maioria das vezes o nega ou divulga partes escolhidas da história desfigurando-a,para forçar um suposto 'mistério' sobre as antigas civilizações como os já descritos acima.O astrônomo americano Carl Sagan em sua obra O Mundo Assombrado pelos Demônios relaciona a explosão de avistamentos de OVNIS e contatos extraterrestres no século XX justamente pela era globalizada e  tecnológica em que vivemos com computadores inteligentes,TV's de plasma,tecnologia touchscreen e telecomunicações muito rápidas que difundem a informação instantaneamente para qualquer lugar do planeta num piscar de olhos.

 Elas geram de fato um ambiente para histeria coletiva onde a antiga crença mística de assombrações e demônios que gerou perseguições religiosas em séculos passados é substituída por discos-voadores,alienígenas cinzas e tecnologia avançada extraterrestre,um produto de nosso tempo.Esses relatos e avistamentos de OVNIS se multiplicam mundo afora sem provas,inclusive no Brasil com o famoso caso do 'ET de Varginha',contando somente com sensacionalismo,testemunhas duvidosas e mal-entendidos.

    Some-se a isso,também,o fato da Guerra Fria que no século passado acirrou os ânimos entre EUA e URSS gerando uma intensa corrida armamentista e espacial que foi a responsável pela chegada do homem na Lua e dos primeiros satélites em órbita na Terra, produzindo muitas inovações militares secretas dignas de teóricos da conspiração.Essas máquinas experimentais eram confundidas com discos-voadores e naves espaciais tripuladas visitando a terra para sequestrar pessoas ou fazer desenhos em plantações durante a madrugada.
    Para os arqueólogos britânicos Colin Renfrew e Paul Bahn,catedráticos de Cambridge na Inglaterra e com experiência com sítios megalíticos pré-históricos,é que na teoria de Daniken:''A questão seria cômica se não foi por muito tempo que se acreditou nessas ideias.'' e concluem que: 

''Qualquer um que tenha lido e entenda o modo de proceder da arqueologia verá que essas e outras obras que falam de catástrofes antigas(e indocumentadas),continentes perdidos e grandes migrações das tribos perdidas de Israel ou forças de 'magia telúrica' em assentamentos como Stonehenge são um engano e um erro''.

    Nenhuma alegação de Daniken sobrevive ao crivo científico após uma simples análise.E as opiniões de cientistas e historiadores sobre a impossibilidade das afirmações de Daniken também se multiplicam enquanto outros sequer veem motivos para comentar tais absurdos,logo o objetivo deste post foi apresentar uma análise histórica sobre as alegações de astronautas antigos visitando civilizações do passado.Elas não contam com bases sólidas e sequer um estudo sério e científico de seus próprios defensores mantendo-se somente como um estranho, porém,cômico engano.As referências estão em destaque ao longo do texto.

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O Enigma de Jack Estripador

   Talvez em algum momento de sua vida você já tenha ouvido falar de Jack Estripador. Ele cuja identidade jamais foi descoberta marcou uma época na crônica policial mundial com seus crimes.Já foi tema de inúmeros livros e filmes além de gerar teorias conspiratórias que revelariam seus motivos e identidade,mas nada de real sobre ele foi descoberto em 130 anos.

Contexto e Crimes

    Os crimes aconteceram no país que na época era o mais próspero e avançado do mundo,a Inglaterra entre agosto e novembro de 1888,uma contradição irônica para a moral vitoriana.Num distrito frequentado pela classe mais pobre da cidade de Londres assolado pela miséria,crime e insalubridade chamado de Whitechapel.Todas as vítimas de Jack Estripador,como ele próprio se auto-declarou,foram prostitutas que frequentavam o lugar.

    O fato de Jack ser um dos clientes dessas mulheres foi levantado à época pela polícia,mas essa hipótese nunca foi confirmada.Há também um detalhe que muitos historiadores chamam à atenção,pois de acordo com os jornais as vítimas de Jack,seriam somente 5 mulheres,conhecidas como as 5 canônicas, enquanto as investigações policias atribuiriam 11 crimes ao assassino até o desfecho do caso em 1891.
    A maior parte delas foi morta com cortes no pescoço e punhaladas na região do abdômen seguidas de remoção de um ou mais órgãos o que se tornou uma marca registrada do estripador.

   Sua primeira vítima reconhecida foi Mary Ann Nichols em 31 de agosto de 1888 encontrada morta com a garganta cortada e sinais de perfuração e dilaceração com arma branca. Sua segunda vítima foi Annie Chapman em 8 de setembro,conhecida na ruas como Dark Annie(algo como 'Annie Sombria' em tradução livre) também encontrada  com a garganta cortada e perfurações na região do abdômen em um beco escuro da região de Withechapel,morta próxima de um cortiço.

    O evento seguinte fez suscitar muitas especulações sobre o modus operandi do assassino,ou seja seu modo de agir nos crimes, já que Elisabeth Stride e Catherine Eddowes foram mortas na mesma noite,30 de setembro,com uma diferença muito pequena de 45 minutos de um crime para o outro.Stride foi morta igual às outras com o corte na garganta porém tudo indica que o assassino foi interrompido no ato pois não havia outras marcas no corpo como haviam nas outras vítimas.Já com Eddowes o perfil cruel mais uma vez prevaleceu,mutilando seu rosto e perfurando seu abdômen até extrair vários órgãos .
      Cumpre ressaltar que a crueldade e o sadismo do estripador aumentava progressivamente com o número de vítimas o que hoje ainda é estudado por cientistas forenses na elaboração de perfis criminais.Sua última vítima conhecida foi Mary Ann Kelly, morta em 9 de novembro de 1888,cujo corpo foi descoberto pela manhã no quarto em que vivia.

   Esse crime foi diferente dos demais pois havia sido cometido dentro de um ambiente fechado,onde a vítima foi surpreendida durante o sono e supõe que o estripador a conhecia e/ou teria seguido, esperando-a dormir para poder agir.O estado brutal em que foi encontrada também foi o auge do sadismo do assassino que ao dilacerá-la e estripá-la,levou seu coração como uma lembrança macabra do seu crime.

O 'Fantasma' de Jack Estripador assombrando a cidade em caricatura de Jornal à época dos crimes

Mary Ann Nichols,a 1ª vítima conhecida, em foto mortuária

O pânico gerado pelos crimes fazia qualquer pessoa,uma suspeita (Caricatura de John Tenniel na época)

Investigação e Teorias Conspiratórias sobre Jack

    O detetive encarregado da investigação foi Frederick Abberline,que também já havia trabalhado em outro importante caso da época,porém pouco conhecido,chamado de O Escândalo da Rua Cleveland onde um bordel de rapazes frequentado por nobres da alta sociedade londrina havia sido descoberto.
   A lista de suspeitos foi preenchida com nomes de pessoas do povo tanto quanto nobres e famosos,até mesmo o autor de Alice no País das Maravilhas,Lewis Carrol foi apontado como o assassino.O príncipe Albert Victor,neto da própria rainha da Inglaterra ,Vitória,segundo na sucessão do trono figurou nessa lista,o principal motivo dos crimes seria uma tentativa de esconder problemas na monarquia,o que jamais foi confirmado por historiadores.
    Até mesmo uma mulher foi acusada dos crimes.No entanto,rumores de que seria um homem judeu se espalhavam pela cidade aproveitando-se da onda de horror que o assassino causava.Um dos aspectos relevantes do contexto da época era o antissemitismo muito disseminado na sociedade inglesa inclusive na literatura,autores como Charles Dickens em sua obra prima Oliver Twist, foi acusado de antissemitismo devido aos personagens judeus na figura de vilões com perfis decadentes e escatológicos.Some-se a isso o fato de que o próprio assassino escreveu em uma parede após matar uma das suas vítimas que 'os judeus não levarão a culpa por nada',um pedaço de avental de couro também foi encontrado,já que a profissão de açougueiros era comum entre judeus.
   Um açougueiro judeu de origem sueca ,na época,foi um suspeito interrogado pelos crimes mas inocentado por conta de um álibi convincente.
    O assassino saber ler e escrever numa época onde a ignorância e a miséria sobrepujavam o bom senso foi digno de atenção dos detetives do caso,pois demonstrava que um homem culto e rico,já que a alfabetização não era comum entre os mais pobres, era o autor dos crimes.

    Isso demonstrava também o preconceito que a população de origem pobre sofria ao ser associada ao crime e a decadência moral da era vitoriana.O distrito de Whitechapel era um dos mais violentos da cidade na época e mortes de prostitutas não eram incomuns.Porém o diferencial no caso de Jack foi a cobertura tendenciosa e oportunista de explorar com extremo sensacionalismo os crimes do estripador inclusive com alguns jornalistas falsificando cartas assinadas pelo assassino que eram recebidas em suas redações no intuito de acirrar os ânimos da população com a publicação detalhada das mortes para assim vender mais jornais.

Um Mistério solucionado?

    Segundo a historiadora americana Patricia Cornwell em seu livro Perfil de um Assassino,Jack Estripador seria Walter Sickert um pintor alemão radicado em Londres.No livro a autora argumenta que haviam indícios convincentes para acreditar na culpa do pintor já que a caligrafia de uma das cartas recebidas pela imprensa era semelhante a dele assim como um quadro pintado por ele na época descrevendo um assassinato de uma mulher condizia com o perfil do estripador que também só escolhia mulheres como suas vítimas. 
      A maioria das cartas assinadas pelo estripador recebidas em jornais eram falsas e/ou de pessoas se aproveitando da situação para fazer brincadeiras de mau gosto no entanto entre essas correspondências,uma se ressalta: a que ficou conhecida como From Hell('Do Inferno' em tradução livre).

    Um pedaço de rim que supostamente era de uma das vítimas também foi enviado para os jornais conservado em álcool,a carta relatava que o missivista havia fritado e comido o outro pedaço se satisfazendo.Ao longo dos anos muitas teorias continuaram a surgir sobre a identidade do assassino,recentemente foi publicado um livro chamado de Identificando Jack Estripador do autor britânico Russell Edwards,onde enfim o mistério havia sido solucionado.
   Um imigrante polonês de nome Aaron Kosminsk,com histórico de doença mental,teria sido Jack.Essa acusação recai sobre o fato de que uma análise de DNA feita em um xale pertencente à Catherine Eddowes ligava Kosminsk à cena do crime, sendo ele um suspeito na época.Contradições à parte em mais uma reviravolta do caso,foi revelado um erro na análise do xale que invalidou a identificação positiva de Kosminsk. mantendo o enigma da identidade verdadeira do assassino.

   Em cerca de 130 anos,Jack Estripador continua assombrando e impressionando todos aqueles que descobrem sobre seus crimes,o que ajudou a construir a imagem do psicopata moderno, num mistério sem solução.

A Lenda da Papisa Joana

    Essa é uma lenda medieval muito discutida entre historiadores até os dias de hoje:se realmente o relato da papisa Joana teria sido real, vamos entender melhor como essa história começa.

    Numa época de intensa perseguição religiosa que marcou a Idade Média européia,uma curiosa lenda se ressalta nesse contexto.Joana teria sido até hoje a única mulher eleita papa na história ascendendo ao papado como João VIII  em 855,escolhida na ocasião por unanimidade já que era conselheira do papa Leão IV(ou Sérgio II,dependendo da versão).Sua identidade teria sido oculta durante toda sua passagem pela igreja,já que o sacerdócio era proibido às mulheres,assim mantinha roupas e cortes de cabelo masculinos para esconder sua verdadeira identidade.A lenda mais conhecida e aceita sobre a revelação,de que era uma mulher, foi durante o parto em público durante uma procissão na cidade de Roma,tendo sido apedrejada na ocasião como castigo por profanar a santidade do cargo. Joana teria engravidado de um antigo romance,que conhecia seu segredo, reencontrando-o quando já era a papisa em Roma.

   Uma das versões que explicam sua vida é de que teria nascido em 814 numa aldeia alemã de pais ingleses.Muito culta e curiosa, se disfarçava de homem para superar a proibição das mulheres de estudar,assim conquistando um lugar no mosteiro beneditino(da ordem de São Bento) com o nome de João Ânglicus,um dos seus irmãos morto durante a guerra. Ao longo dos anos Joana foi conquistando cada vez mais espaço e confiança dos cardeais de Roma até ser escolhida como papa com o nome de João VIII após a morte de Leão IV em 855 que cuidava como médica(o),um dos conhecimentos que havia adquirido com os anos de estudo junto aos monges o que também é desmentido por alguns estudiosos.É nesse ponto que muitos historiadores e teólogos divergem pois a maioria das fontes documentais que citam o relato histórico de Joana são muito posteriores à sua morte.
    Os primeiros documentos sobre sua vida somente surgem no século XIII,4 séculos após sua história,através de estudiosos da igreja como Estevão de Bourbon. O frade francês Jean Mailly, em sua crônica da mesma época, afirma que Joana de fato teria reinado como papa na data correspondente de 855-858 tendo sido descoberta somente no parto como consta na maioria das versões e Godofredo de Viterbo também confirmam sua existência.Porém,até meados do século XIX,ou seja,cerca de 1000 anos após sua morte ainda surgiam romances sobre ela,como a do grego Emmanuel Roidhes. Logo o papa que teria sido seu antecessor não é certo,podendo ser também o papa Sérgio II como consta na versão da historiadora americana Donna W. Cross,transformada em filme em 2009.

Joana como o papa João VIII

Mais controvérsias sobre sua Vida

   

     A igreja católica ao longo dos séculos se recusou a aceitar que uma mulher havia ocupado a função mais alta na sua hierarquia,e aliando-se a falta de evidências mais concretas e aos múltiplos relatos que divergem em alguns pontos a história de Joana,chegou aos nossos dias com olhares de uma lenda medieval criada com o objetivo de desmoralizar a igreja católica como afirmavam até então.Outros negadores concluíram ser Joana uma história inventada pelos reformadores protestantes como Martinho Lutero e João Huss para enfraquecê-la politicamente,o que cai em descrédito já que Joana viveu muitos séculos antes da Reforma Protestante.Até mesmo versões de que seria uma sátira medieval ou um boato difundido para difamar a Igreja são computados para explicar sua existência.
     A historiadora Donna W. Cross também apresenta outros pontos intrigantes sobre a passagem de Joana pelo cargo mais alto da Igreja citando o fato de que muitos documentos que confirmavam a veracidade de sua história teriam sido destruídos intencionalmente e que na biblioteca do Vaticano haveria o Livro Papal contendo os nomes de todos os papas,desde São Pedro,onde Joana ainda estaria incluída,essa fonte histórica é usada em seu livro como prova da existência verídica do relato da papisa.Esse fato ganha ainda mais respaldo pois a maioria dos documentos que provariam a história de Joana teriam sido destruídos e/ou ignorados para proteger a reputação católica na época.

    Hoje apesar das inúmeros versões sobre sua ascensão ao papado e motivos que justificariam sua história muitos historiadores não acreditam que uma mulher poderia ter sido papa já que ela não poderia esconder uma gravidez por tanto tempo, assim como os papados de Leão IV e João IX(que teria sucedido Joana) coincidem com a data do seu papado tornando a lenda uma invenção já que não haveria tempo para ela exercer seu mandato mas mantendo o romantismo da história de que uma mulher foi hábil o suficiente para enganar a Igreja assumindo o lugar mais alto de sua hierarquia. No entanto mesmo com relatos tão divergentes e incertos por parte de muitos cronistas medievais,sua história chegou até nós com um final consistente cuja existência foi assegurada por eles sugerindo talvez algo de verídico em sua história. Outra curiosidade intrigante sobre ela é que uma das cartas do tarô,uma criação medieval usada como código para burlar a censura católica, é justamente Joana como papisa.

A misteriosa carta de Tarô na qual Joana foi imortalizada como papisa